Comentário:
Por seu conteúdo e intenção, o livro de Jonas revela a universalidade e a compaixão da graça divina. Insinua-se este fato em 3:10 e em 4:11 se confirma de modo inequívoco.
O livro é de caráter biográfico. Começa e termina com o Senhor falando a Jonas. Em primeiro lugar, Jonas é comissionado para anunciar um juízo; finalmente, o Senhor faz ver sua misericórdia e sua compaixão. Entre estas duas representações do caráter de Deus encontramos a resposta de Jonas à justiça e à compaixão divinas. No princípio Jonas se nega a aceitar a ordem do Senhor, temendo que os pagãos se arrependam e Deus demonstre misericórdia. O coração magnânimo de Deus, que perdoa aos pagãos arrependidos, estabelece nítido contraste com o espírito estreito, intolerante, não perdoador de Jonas.
Autor:
Uma vez que o livro não faz afirmação alguma sobre seu autor, é de supor-se justificadamente que o autor seja o próprio Jonas. Ele é filho de Amitai (1:1), e sem dúvida o mesmo filho de Amitai que profetizou durante o reinado de Jeroboão II (compare-se com II Reis 14:25).